Menino
criativo e feliz
Por mais que
o mundo lá fora nem seja o que ele sempre quis
Menino
sorridente que adorava o mundo e toda gente
Por mais que
ninguém lá fora queira ir para frente
Menino que
admirava a vida e vivia a sonhar
Por mais que
esse sonho um dia viesse a acabar.
Sem saber
continuava a viajar
Viajar com
seus amigos sem voz, que ninguém além dele iria escutar
Viajar com
as maravilhas do mundo, que só ele poderia alcançar
Viajar com
todo amor que nem se quer conhecia, mas mesmo assim dentro dele já existia
Viagens
diurnas e noturnas
Conhecendo
pessoas e lugares inexistentes.
Devido a
pessoas muito influentes, deixou de viver como havia pensado
Se viu só e
todo encurralado, o mundo lhe ensinou
uma lição
A primeira
de muitas que lhe trariam aflição
Cresceu e se
tornou apenas mais um vivente, dentre toda essa gente
Sumiu e se
tornou dormente, adormecido e embebido em pano com algum maledicente.
Caiu no
mundo dos vivos e se viu só e infeliz, isso
não era nem de longe aquilo que ele sempre quis, se mantinha ali, para que algum
dia ainda pudesse ser feliz, contando os dias para que tudo acontecesse à
frente de seu nariz
Viu o mundo
de sua mente se esvair, conheceu a verdade sobre muito, mesmo sem
conhecer o todo, O todo, ele ainda iria encontrar...
Teve de
esquecer quem era para poder viver entre muitos, e muitos mesmo assim ainda não
o permitiam, sempre espalhafatoso e sorridente, sempre tinha um que não ficava
contente
Um dia encontrou
onde não deveria a Paciência que não conhecia
De pouco em
pouco sem saber, viu que não mais queria sofrer e com ela queria viver até
morrer, tornou-se assim o seu viver!
Alegre e
contente novamente, se viu assim todo inocente
Fez juras e
perjuras, promessas para si que achava que jamais iria cumprir
Forte e
vivendo por amor, conseguiu assim afastar a dor
Tudo que ele
via, era Sol e a Luz do dia, por mais que o mundo todo ainda insistia
Passeou por
vias tão belas, somente na companhia dela
Flores nasciam
em seu caminho, com ou sem desalinho
Subiu em
arvores com belos frutos e sempre os dividiu
Nadou em
belas aguas, andou sobre a areia
Passou por
cima das pedras e sempre estendia a mão
Para que
eles fossem um só coração
Golpes do
destino ou maldição
Fizeram-no, já
não mais menino, acreditando ser forte
Fizera-se de
fronte, tentando suportar tudo sem divisão
Loucura ou
insanidade deixou a sua Paciência
Mesmo sabendo
que ela era tudo que ele Mais queria
Mas não
conseguia vela chorar, chorar por ver que ele já não era mais o seu viver
Aquele, nem
ele mesmo sabia se ainda existia
Confuso e
novamente desligado, perdeu assim a sua visão
Cego por
dilema do destino, queria aquilo tudo que na realidade não queria, não se vendo
mais, nem acreditando em... Teve de fazer o que havia prometido, egoísmo pelo
outro já não sei, só sabia que a Paciência, não mais poderia sofrer.
Tentou fugir
diversas vezes dessa rede, mas quanto mais corria mais se enroscava
Quanto mais
sofria, mas irritado ficava, já estava vendo a hora de jogar tudo pro ar
Sozinho ele queria
ficar, para não mais vê-la chorar.
Assim, com Paciência
resolveu conversar, por mais que tivesse de enrolar, apenas não
sabia como falar, teria de fazer de um jeito, que para ele, ela nunca mais
quisesse voltar, para que ele assim pudesse sozinho resolver, tudo aquilo que
dentro da cabeça dele o fazia sofrer, e ela
pudesse novamente ser feliz e contente.
Sorrir novamente
com alguém que não fosse assim tão diferente.
Assim foi...
Com muita dor e desespero, foi viver só sem Paciência.
Muitos passeios
na solidão o fizeram pensar, o que há sob o balanço do mar, uma cabeça
cheia, que só via a superfície com muita dor, mas vivendo somente por Amor,
conseguiu se sanar, quando conseguiu adentrar na distancia do fundo do
mar.
Agora com a
cabeça no lugar vive a se questionar
Como e onde
sua Paciência deve estar...
Autor: Rafael Miranda