Olhos de gato
Tiram-me do prumo
Mas me indicam o rumo
Do azul ao verde
Flores vivas
Que se movem
Mas nunca se locomovem
Visão de algo inexistente
Mas que naquele momento
Entrevia-me numa rede
Da varanda sem parede
Uma noite clara como dia
Muita luz me iludia
Pensava ver o que não existia
Cores cubismo formas
Perdido mas sem desespero
Achado e não roubado
Sem procura ou ponderação
Via-me ali sem decepção
Regado a bebidas
Fiquei ali sem despedidas
Para somar cheguei
E com voce eu me encontrei
Risos, brincadeiras
Encontros e desencontros
Amizade e doideras
Uma noite tentando ver estrelas...
Autor: Rafael Miranda